The Town e o impacto midiático dos festivais

O The Town está chegando e, em pouco tempo, já se consolidou como um dos festivais mais midiáticos do país. Grandes nomes internacionais como Travis Scott, Green Day, Bad Religion e Mariah Carey vão se apresentar no evento, mostrando a força da indústria da música e do entretenimento no Brasil.

Mas o que poucos param para pensar é: como os festivais de música ganham dinheiro? Por trás dos palcos iluminados, do público vibrando e dos grandes artistas, existe uma operação milionária de negócios que pode ensinar muito a qualquer empresário.

Neste artigo, você vai entender quais são os custos, onde os produtores conseguem lucrar e as estratégias que usam. 

Brasil, uma grande potência em festivais

O Brasil não é apenas um país apaixonado por música, mas também um dos maiores mercados de festivais do mundo. Em 2024, foram 364 festivais realizados, um crescimento de 20% em relação ao ano anterior. Se somarmos os eventos cancelados e adiados, o número chega a 402 festivais, incluindo 69 estreias e 76 gratuitos.

Outro dado interessante: 40% desses festivais acontecem fora das capitais, o que mostra a descentralização e o poder de alcance do setor. Além disso, até junho de 2025, já haviam sido contabilizados mais de 200 festivais no país.

Para se ter uma ideia da força desse mercado, o público brasileiro foi, em média, a 2,57 festivais e 2,38 shows em 2024. Isso significa milhões de pessoas consumindo ingressos, bebidas, produtos e experiências que movimentam bilhões de reais.

Ingressos ao merch: 6 formas que alimentam o caixa dos festivais

1. Venda de ingressos

A principal fonte de receita continua sendo a bilheteria. Sem ingressos vendidos, o festival não sai do papel.

2. Camarotes

Experiências exclusivas para quem busca conforto e status. Os camarotes têm ingressos premium, margens mais altas e ainda fortalecem a imagem do evento.

3. Patrocinadores e apoiadores

Marcas gigantes pagam caro para associar sua imagem aos festivais. É um jogo de visibilidade: o público está ali, e as marcas querem fazer parte dessa conversa.

4. Estacionamento

Em grandes eventos, o estacionamento pode gerar uma receita paralela significativa, especialmente quando é administrado pelo próprio festival.

5. Alimentação e bebidas

Os bares e restaurantes dentro do evento são verdadeiras minas de ouro. Muitas vezes, os organizadores recebem percentuais sobre o faturamento das operações terceirizadas.

6. Venda de produtos oficiais

Camisetas, bonés, copos colecionáveis e lembranças exclusivas. O merchandising é uma forma de prolongar a experiência do público e aumentar a margem de lucro.

Neuromarketing: vendendo mais sem o público perceber

Uma das grandes sacadas dos festivais é usar estratégias de neuromarketing. Estímulos visuais, gatilhos emocionais, recompensas e experiências de humor ativam neurotransmissores de prazer e fazem o público consumir mais, desde um drink até um produto oficial.