Vendas

Na direção contrária do mundo, mercado de luxo cresce no Brasil, indica estudo

Levantamento da consultoria Bain revela que público consumidor foi de 730 mil pessoas em 2014 e para 1,3 milhão em 2022

Por Redação Space Edu — São Paulo

Última atualização – 03/26/2025 às 16:23

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O mercado brasileiro de luxo está em alta e segue uma tendência diferente do restante do mundo. Enquanto o número das vendas de grandes marcas cai nos Estados Unidos, China e Europa, as grifes investem no Brasil. 

Estudo realizado pela consultoria Bain em parceria com Fondazione Altagamma, associação dos fabricantes italianos de bens de luxo, mostrou que Brasil e México estão em alta, enquanto o mercado global teve uma queda de 3% em 2024. É a primeira retração desde 2009. 

Ainda conforme o levantamento, os brasileiros movimentaram R$ 74 bilhões em 2022 com produtos e serviços de luxo. A expectativa é que os valores cheguem a R$ 133 bilhões em 2030. O público consumidor subiu de 730 mil pessoas em 2014 e foi para 1,3 milhão em 2022. 

Além do consumo, os investimentos das marcas também estão crescendo. A Tiffany irá inaugurar lojas em São Paulo e em Goiânia, além de abrir um café temporário. O grupo Iguatemi fará uma expansão na unidade de Brasília. Serão 90 novas lojas ao custo de R$ 236 milhões. 

Outra prova que o mercado está aquecido é a vinda de produtos exclusivos. Neste mês de março, por exemplo, a Guerlain vai apresentar um novo produto para comercialização no país. A marca também investiu no Rosewood, inaugurando um spa no hotel mais luxuoso de São Paulo. 

Uma das razões para isso acontecer é a cotação do dólar. Após a pandemia da Covid-19, passou a ser menos vantajoso viajar e comprar no exterior. 

 

Cenário internacional 

No exterior, o cenário é diferente. O estudo revelou que 50 milhões de pessoas deixaram de consumir entre 2022 e 2024 no hemisfério norte. Foram três grandes motivos: o desinteresse da geração Z por esses produtos, o aumento dos preços e a percepção de queda de qualidade. 

Outro fator determinante foi a mudança no perfil de compra. Ao invés de bens materiais, investimento em experiências, como viagens.

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